16 de mar. de 2011

Prazer, me chamo desprazer

Ela se engasgou. Ele a viu, acenou. Como se não doesse nada, como se não se lembrasse de nada! Ela estremeceu. Não sabia o que fazer. Sentia sua barriga apertar, suas mãos ficavam geladas e ela ficou tão fraca que cairia com um sopro. Apresentou-a e continuou andando. Como se ela pudesse se mover depois daquele aperto de mãos estranho! E se ela pudesse se mover, seria engatinhando devagarzinho pra baixo da mesa, pra se esconder de todo mundo. E ela se sentiu tão pequena que poderia cair dentro da fresta da cadeira e se esconder entre o rejunte do piso. Ao invés de qualquer coisa assim, pediu licença. E no banheiro deixou cair toda a etiqueta por terra.