10 de jan. de 2010

Mesmas palavras de sempre

Se eu sei que eu quero
Já não sei se espero
Um pouco mais que devia
Por um pouco mais que doía
É que eu tenho mesmo uma mania
De querer saber o que quero
Porque já não entendo mais a mim mesma
E de saber eu não sei nada
Mas já me dói me surpreender
Com o que faço a mim mesma
Eu sou eu ou sou outra
Eu sou nada mas sou toda
Minha
Ou será que já não sou?
Me perdi no meio de mim
E não faço idéia de onde estou
Se eu quero é por querer
Se faço é por fazer
E quando brinco não leve a sério
Porque a sério nem eu me levo
Já que de mim eu não sei nada
Eu não sou nada
Eu sou um tudo
Em tudo que se pode ter
Num espaço vazio em branco
Eu sou o vácuo em mim mesma
Sou a lacuna dos outros
Ou talvez só um espaço bem pequeno
Que não faz falta quando vazio
É que eu tenho mesmo um dom
Pra ser tudo e nada
Pra tudo e todos

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