30 de nov. de 2009

Sem certas convenções

Quando digo um não não é bem um não
E o meu sim não deixa de ser um talvez
A minha vida não tem certeza
Mas a certeza é da minha vida
Se faço não é por querer
Se não quero não é por fazer
Prego peças a mim mesma
Não me sei o que me tenho
Não me tenho no que não sei
E se fico perdida, me encontro
Só que o que encontro não sou eu
Me perco nos meus desencontros
E não me acho no que penso ser
É que quando eu ajo é por agir
E quando penso, é por achar
Não entendo o que faço ou vejo
Não encontro meu lugar
Nem em mim mesma

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