26 de out. de 2013

Pro Pagamento

Alguém apareceu, deu um oi.
Chegou ali, colocou um passado em cima da mesa que nem um bloco de concreto, tacteável, visível. Mostrou como esculpir aquele bloco. Disse que dava pra mudar o material, a finalidade, aumentar a resistência dele. E no final aquele bloco ia ser um eu melhor, pronto pra ser esculpido pelo meu próximo eu do futuro. Pra ver se no final ele vira uma obra daquelas que servem por si só.
E foi embora assim, sem cara nem nome, sem cobrança nem expectativa. Como se o universo realmente sempre tivesse uma forma de se pagar. Uma vez na vida todo mundo vira ajudante sem cara, uma vez na vida todo mundo precisa ser puxado assim, involuntariamente, aleatoriamente.

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